domingo, 17 de maio de 2015

Resenha: Cidades de Papel – John Green



Cidades de Papel - John Green

   "Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um."

Olá leitores do My Books! Confesso, estou totalmente apaixonada pela narrativa do John Green. Tive uma verdadeira overdose dele nos últimos tempos. Mas, caramba, ele é genial! Sua narrativa leve e fluída nos conquista inteiramente, mesmo quando o assunto é tenso, Green consegue transpor para as páginas de uma forma tranquila e inspiradora.
Hoje quero apresentar a vocês o Cidades de Papel, mas já quero deixar claro que esse é o livro dele que eu menos gostei, e isso não quer dizer que o livro é ruim. Quer dizer apenas que me decepcionei um pouquinho com o final, mas a narrativa e a história continuam com a marca de qualidade exemplar do Green.
Cidades de Papel - John GreenCidades de Papel apresenta o amor platônico que Quentin nutre por sua vizinha Margo. Os dois são vizinhos há anos, e apesar de terem sido amigos durante a infância, foram se afastando durante a adolescência. E agora, com a formatura no Ensino Médio tão próxima, ele se surpreende com essa garota mais uma vez.
Quentin tem dois amigos incríveis – os personagens secundários que John Green escreve são tão maravilhosos que deveriam ganhar um livro só para eles! – Ben e Radar. Ben sofre bulling pesado devido a um incidente envolvendo uma calça molhada de sangue (nada grave, deixe-me acrescentar). Radar além de ser totalmente aficionado com seu site – opa! Identifiquei-me! – tem pais com uma coleção mais que curiosa: eles colecionam papais-noéis negros. A casa de Radar é lotada deles!
Quentin, Ben e Radar já tinham se habituado com sua rotina de pertencer a base da hierarquia social na escola. Quentin dispunha seu tempo entre estudar e suspirar pelos corredores por sua paixão secreta, Margo. Ele sabia que ela mal notava sua presença, mas sabia também que os populares da escola não o atormentavam tanto graças a proteção que sua amada exercia. Margo não queria andar com ele, mas também não era totalmente indiferente…
As idiossincrasias de Margo culminaram na fatídica noite. Aquela noite que Quentin jamais esqueceria. Que reviveria em sua mente e que o mudaria pra sempre.
Em uma noite, sem qualquer aviso, Margo bate na janela do quarto de Quentin e ordena que ele seja seu motorista e cúmplice naquela noite. Além de precisar usar o carro da mãe de Quentin, é claro… Mesmo estarrecido com a aparição, e sem entender porque ela o escolhera, Quentin passa a madrugada dando assistência a Margo.
E meus caros, essa assistência envolve vingança, ressentimento e uma boa dose de criatividade. Margo bolou um plano que durante toda aquela madrugada eles iriam se vingar das pessoas que magoaram Margo nos últimos dias. E mesmo se arriscando a ser preso, Quentin faz tudo que ela orienta. E no final da noite ele só pensa: depois de tudo que fizemos juntos, ela vai falar comigo no colégio!
E adivinhem o que acontece? Não ela não fala com ele. Também não continua o ignorando… Isso porque ela desapareceu. E tudo isso era exatamente o que Quentin “precisava” para ter sua vida virada de cabeça para baixo. Ele está determinado a entender e encontrar a garota dos seus sonhos.
O livro tem um ritmo empolgante, e ficamos o tempo todo com o coração acelerado para saber a próxima descoberta. Apesar de ser uma busca sem qualquer ideia do resultado, nos divertimos com a evolução dos personagens.
O que eu não gostei foi o desfecho, e quanto a isso não poderei discutir com vocês – spoiler, não! -, mas confesso que demorei uns dias para desengasgar. Sinceramente não engoli aquele final…
Deixando meu incomodo de lado, quero dar parabéns pelo trabalho gráfico da Editora Intrínseca. Sou uma grande admiradora do trabalho dessa editora – já perceberam isso, né? – e ela voltou a me encantar com Cidades de Papel. A capa traz o conteúdo do livro, com suas folhas amareladas e revisão satisfatória.
Indico o livro para aqueles que buscam um romance com pitadas de mistério… É super divertido tentar descobrir o paradeiro da Margo, junto com Quentin, Ben e Radar! Narrativa impecável do queridíssimo John Green. Boa leitura!
“Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que estão erradas. E vamos estragar algumas que estão certas. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra. Mas, antes de redefinir completamente o mundo, precisamos fazer compras. ”

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